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Depressão x Ansiedade: como identificar em idosos?

Depressão e ansiedade são dois problemas enormes da nossa sociedade, e eles se tornam ainda mais sensíveis quando os colocamos na perspectiva da vida dos idosos.


Por isso, neste artigo, eu quero ensinar para você como identificar os sinais de depressão e de ansiedade, como diferenciá-los e o que fazer caso perceba que os idosos da sua família estão deprimidos ou ansiosos.

Lembrando que este artigo não tem o intuito de substituir uma consulta médica. Meu papel aqui é informar e trazer bases sólidas para que você seja capaz de procurar ajuda. De todo modo, não use esse artigo como diagnóstico para adotar uma medicação ou um tratamento.


Muito bem, vem comigo. 

Veja também: Preciso de um cuidador de idosos com urgência: como agir neste caso?

Como é a ansiedade?

A ansiedade saudável é aquele “frio na barriga” que nós sentimos ao nos depararmos com algo novo.

Por exemplo, na juventude a ansiedade era medo de tirar nota baixa antes de uma prova. Na vida adulta era o medo de discutir o nosso salário com os nossos superiores.

Ansiedade é um sentimento que todo mundo tem de vez em quando, e que normalmente não é prejudicial. E quando controlada, ela é ótima, pois nos mostra o que é importante em nossas vidas (ninguém fica ansioso sobre coisas que não se importa).

Mas a ansiedade pode virar uma doença quando ocorre com frequência, ou seus sintomas são fortes demais sem qualquer razão aparente. Isso faz com que ela prejudique, tanto a saúde mental, quanto o funcionamento normal do corpo.

Geralmente, em casos extremos como esses, ela se manifesta pelos seguintes sintomas:

  • Medos irracionais;
  • Insegurança;
  • Pânico;
  • Comportamentos obsessivos constantes;
  • Problemas com o sono;
  • Medo de falar em público;
  • Preocupação em excesso.

Então, toda ansiedade sem motivo aparente, ou com sintomas acima do que seria normal, deve ser avaliada por um especialista.

Saiba mais: O cuidador de idosos pode auxiliar nas atividades físicas do idoso?

Como é a depressão?

A depressão não é apenas uma tristeza apresentada com choro recorrente e isolamento repentino, embora essas situações estejam também associadas à doença.

A depressão é uma doença que traz consigo um conjunto de comportamentos e manifestações clínicas.

Também é preciso reforçar que os tratamentos para depressão são os mais variados possíveis, pois, apesar da doença manifestar-se de maneira semelhante nas pessoas, sua cura é específica de cada paciente.

Há tratamentos medicamentosos, psicoterapêuticos, tratamentos relacionados à mudança de hábitos de vida, entre tantos outros.

Alguns sinais iniciais podem dar o alerta de que a depressão pode existir:

  • Cansaço extremo;
  • Alterações no sono;
  • Dificuldade de concentração;
  • Irritabilidade;
  • Pensamentos negativos;
  • Pensamentos suicidas;
  • Falta de energia para estar com outras pessoas;
  • Falta de motivação para iniciar projetos novos;
  • Incapacidade de enxergar o lado positivo das situações;
  • Choros constantes;
  • Angústia.

Como identificar corretamente cada situação?

De acordo com uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP), o Brasil é o país com os maiores índices de depressão e ansiedade entre os países desenvolvidos. A pesquisa levou em conta 11 países e o aumento foi de 63% para ansiedade e 59% para depressão, quando comparados com números de 2019.

Então, é importante compreender as diferenças e semelhanças, entre as duas, e desta forma, procurar ajuda de profissionais especializados para um bom diagnóstico e tratamento. 

Em termos mais concretos, quando se torna difícil lidar e realizar as tarefas do dia a dia, quando se estressar ou se preocupar demais com coisas pequenas ou quando aquele sentimento de ansiedade (como um aperto na barriga) dura dias e dias, entre outros exemplos, estamos diante de um quadro de ansiedade preocupante.

A depressão, por outro lado, apresenta desafios ainda maiores. Pessoas depressivas podem apresentar os sintomas “clássicos” mencionados neste artigo, mas também podem adotar comportamentos exagerados para mascarar estes sintomas.

Ou seja, há casos onde depressivos também apresentam comportamentos, como: dormir ou comer em excesso, vício, abuso de drogas, abuso de álcool, vício em sexo ou pornografia, brigas constantes, comportamento autodestrutivo como cortar-se, comportamentos de risco como direção perigosa, vício em jogos, falta de higiene, violência para com os outros, violência para com animais, etc.

Quando eu preciso buscar ajuda?

Se o idoso da sua família apresenta paulatinamente os sintomas citados no artigo de hoje, eu te indico procurar ajuda o quanto antes.


Tanto a depressão quanto a ansiedade crônica tem cura. Tem mais, nem sempre a intervenção é medicamentosa (ou seja, feita por meio de remédios), muitas vezes, o tratamento pode ser tão simples quanto adotar uma caminhada diária.

Quer saber mais sobre a saúde do idoso? Então. Continue acompanhando o nosso blog.


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Agradeço a leitura e até a próxima!

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Verdades que precisam ser ditas sobre depressão em idosos

Depressão em idosos é um problema gigante que atinge a sociedade e tem um impacto muito maior do que as pessoas imaginam.

 

Para se ter uma ideia, segundo dados da OMS, a depressão causa mais mortes do que os acidentes de trânsito e até mesmo do que o tabagismo. 

 

Para piorar, a depressão também transforma a vida em um sofrimento. Fazendo com que a pessoa perca o interesse até mesmo em coisas básicas como a própria higiene.

 

Por isso, hoje eu quero colocar os holofotes sobre este assunto tão importante que precisa fazer parte das conversas entre as famílias. Acompanhe! 

 

Veja também: Preciso de um cuidador de idosos com urgência: como agir neste caso?

Como a depressão é identificada?

A depressão se apresenta por meio de tristeza excessiva por mais de duas semanas, provocando falta de interesse em viver e realizar atividades cotidianas. No entanto, em idosos, pessoas desinformadas acabam confundindo a depressão com “manias” ou com a própria personalidade.

 

O idoso pode acabar não relatando tristeza e desânimo, contudo, pode apresentar queixas físicas, pessimismo, falta de energia, alterações no sono e no apetite, além de dores e incômodos intestinais.

 

É importante reforçar que esses sintomas também podem estar relacionados ao envelhecimento e a outros problemas de saúde, por isso deve-se estar sempre atento e realizar consultas com um especialista.

Quais são os sintomas da depressão?

Os principais sintomas da depressão, são:

 

  • Tristeza permanente;
  • Falta de ânimo;
  • Incapacidade de ver o lado bom das coisas;
  • Letargia;
  • Falta de cuidados com a higiene;
  • Sono irregular;
  • Comportamentos compulsivos (vícios, alimentação desregrada, entre outros);
  • Irritação;
  • Estresse;
  • Choros constantes;
  • Dores em diversas partes do corpo;
  • Pensamentos suicidas;
  • Auto-depreciação constante.

 

Também convém explicar que a depressão pode se manifestar de maneiras completamente diferentes, como é o caso do comportamento maníaco, quando o depressivo adota uma obsessão por um determinado objeto (ou ação), como uma mania de limpeza exacerbada que atrapalha o dia a dia.

 

Saiba mais: O cuidador de idosos pode auxiliar nas atividades físicas do idoso?

Como os idosos desenvolvem a depressão?

A depressão atinge os idosos de duas formas:

 

  • Aqueles que já tiveram quadro depressivo em algum momento da vida, tratado ou não e entram na idade avançada com depressão;
  • Aqueles que desenvolvem a doença somente nessa fase da vida, em virtude justamente dos fatores relacionados ao envelhecimento. 

 

No segundo caso o fator motivador é a perda do seu papel social, fazendo com que o idoso sinta-se menos integrado ao meio e também o envelhecimento do próprio corpo e aparecimento de algumas doenças.

O que é perda do papel social?

 

Lembrando que a “perda do papel social” também pode se dar em decorrência das transformações do meio social. Por exemplo, um idoso que fosse querido por diversos amigos e tivesse um papel social importante em seu meio se vê sozinho com a morte dos companheiros. E assim, parte importante da sua identidade se desfaz com o tempo.

 

Tem mais, as doenças neurodegenerativas como o Alzheimer podem contribuir para o desenvolvimento ou agravamento de uma depressão.

 

No entanto, em ambos os casos, a depressão no idoso tem sintomas que são sentidos de forma diferente e precisam de mais atenção de quem está por perto para conseguir identificá-los.

Como a depressão atrapalha a vida dos idosos?

A depressão, em qualquer fase da vida, pode prejudicar muito a qualidade de vida do paciente. Em idosos, isso tende a se intensificar, uma vez que a recuperação de qualquer problema se torna ainda mais lenta.

 

A doença pode interferir em aspectos físicos, já que o idoso irá perder a vontade de praticar exercícios, se alimentar saudavelmente, participar de programas sociais e até mesmo tomar os remédios para as enfermidades que surgem com a idade.

 

A consequência mais grave da depressão é o risco de suicídio, o que aumenta ainda mais na terceira idade. Dados apontam que os idosos chegam a tentar suicídio até sete vezes mais do que o adulto jovem – dependendo do extrato social e do país, as taxas de suícidio entre pessoas acima dos 65 anos é até 8x maior.

O que fazer para curar a depressão?

Essa é uma pergunta que exige um artigo inteiro somente para respondê-la, entretanto, gostaria de terminar o artigo de hoje com alguns avisos.


Apesar de grave, a depressão é uma doença que tem cura e o tratamento nem sempre exige a adoção de medicações. Já que ela é um problema multifatorial, então também há multisoluções.

 

Por exemplo, já se sabe que adotar uma vida ativa é benéfica e ajuda a combater (ou até curar) a depressão. A psicoterapia também é essencial em casos de depressão.

 

Gostou da publicação de hoje e gostaria de ler mais artigos como este? Então, siga o nosso blog.


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As fases do luto: entendendo os sentimentos

O caminho ao longo das diferentes fases do luto traz diversas dúvidas aos familiares. Não importa a idade, a perda de pessoas queridas impacta profundamente a saúde emocional do indivíduo. Embora seja esperado que filhos e netos se despeçam dos mais velhos, isso não diminui a intensidade dos sentimentos que aparecem.

Além disso, muitos idosos se deparam com o luto em diferentes momentos. A perda de amigos de décadas ou mesmo membros da família mais jovens pode trazer desafios nem sempre entendidos. Em muitos casos, acolher os sentimentos não é uma tarefa simples. Ao longo do artigo, confira como as fases do luto se manifestam e conheça mais sobre elas.

Siga a leitura e tire as suas dúvidas!

Sentimentos confusos: e agora?

Muito se fala sobre a perda de avós e familiares de mais idade. Porém, existem idosos que passam pelas fases do luto com o falecimento de amigos próximos, cônjuges ou mesmo membros da família. Quando esses indivíduos moram sozinhos, o desdobramento dessa situação pode passar despercebido.

Em todos os casos, é indicado que haja um olhar atento por parte da família. Buscar apoio profissional pode fazer toda a diferença ao longo do processo, mas a identificação da necessidade é o primeiro e mais importante dos passos. Isso porque o isolamento, que costuma ocorrer no primeiro estágio, já é comum a muitos idosos e pode levar a uma dificuldade maior de superação.

Portanto, em todas as idades, é importante saber reconhecer os sentimentos que podem aparecer. Mesmo para quem não está de luto, a capacidade de identificar pessoas queridas que estejam passando por momentos difíceis

As fases do luto e os sentimentos que surgem

O luto é um processo cercado por tabus. A perda de pessoas amadas, a qualquer momento da vida, pode significar dificuldades no cotidiano e instabilidade nas emoções. Ao longo das etapas, não existe caminho pré-determinado ou tempo específico de superação.

Compreender cada uma das fases do luto ajuda a entender como esse é um ciclo complicado, que merece aceitação. A seguir, saiba mais sobre as etapas do luto e como identificá-las. Não hesite em procurar ajuda profissional ou recomendá-la a um familiar que precise.

  • Negação

É um sentimento fácil de ser compreendido, e vem da dificuldade que jovens e idosos têm de lidarem com a perda. As lembranças são intensas, e a saudade também! Para netos e filhos, recordações relacionadas à criação costumam ser as principais e, para os idosos, memórias que podem ser de toda a vida. Por isso, é comum negar. Trata-se de uma defesa diante da realidade.

  • Raiva 

Entre as fases do luto, é uma que tem forte conexão com os vínculos criados em vida. Além da raiva, podem surgir sentimentos de medo ou culpa, e essa pode ser uma etapa delicada do processo. Pensar excessivamente em como as coisas poderiam ter sido e no que poderia ser evitado apenas traz mais angústia e dor.

  • Negociação

Aqui, promessas são comuns para surgirem meios de reverter a perda. A busca, na verdade, é sempre por alívio: cada uma das fases do luto corresponde a um desejo de tornar o processo menos doloroso.

  • Depressão

O ápice da dor da perda costuma se manifestar quando as tentativas anteriores fracassam. Os sinais da fase depressiva do luto são a tristeza que parece não ter fim, que pode ser acompanhada de isolamento e quietude. Nesse momento, procurar apoio de um especialista pode ser decisivo, especialmente para a saúde mental.

  • Aceitação

Por fim, a etapa final do luto é a aceitação da perda. Com ela, o indivíduo se sente em paz em relação a quem se foi. Chegar aqui depende de muita compreensão e, se possível, do suporte profissional e também de pessoas queridas.

O mais importante é lembrar que não existem regras quando se trata das fases do luto. As pessoas passam por elas em ritmos diferentes, com vivências distintas. Se você está enfrentando uma perda ou é próximo de alguém que está, identificar os sinais ajuda no processo de acolhimento.

Bem-estar é um conceito abrangente: cada detalhe importa

Não importa a idade: as fases do luto precisam ser sentidas e assimiladas. Apressar o processo apenas causa mais ansiedade e esconde os sentimentos que afloram. Negação, raiva ou culpa, negociação, depressão e aceitação são etapas pelas quais todas as pessoas, em algum momento, irão passar.

Devido à pandemia, não faltaram avós, filhos e netos que se viram em meio a escolhas difíceis e dúvidas sobre o caminho a seguir. Uma coisa podemos garantir: não é preciso criar dualidades entre relações e trabalho, por exemplo. É possível colocar o foco na família e na carreira!