Dicas para pensar sobre a morte e refletir sobre a finitude

O peso da morte se faz presente na vida de muitas pessoas. Além da angústia, do pânico e da ansiedade de quem precisou encarar um diagnóstico negativo (seja seu, ou de pessoas queridas), passando pela melancolia e a tristeza de quem perdeu um ente querido.


Entretanto, a finitude não precisa ser um tema tão pesado. Aliás, é possível falar dela com paz, paciência e serenidade.

Hoje eu quero falar com você sobre a finitude, a morte, como ela se manifesta psicologicamente em nossas vidas e quais as ferramentas que nós temos para lidar melhor com esse tema. 

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A morte não é um mal, ela é um processo da natureza

Não existe maldade na morte natural. Nascer, crescer, envelhecer e morrer faz parte do fluxo de todos os seres que já passaram sobre a Terra.

Entender que a morte é natural tira deste evento o seu peso  trágico e devolve para ela a beleza triste da constatação mais antiga do mundo: somos finitos.


O conceito de finitude nos devolve algo que, na pressa do dia a dia, acabamos perdendo. Tudo irá acabar. Os momentos bons, os ruins, as alegrias, as tristezas, os bons empregos, os péssimos, as vitórias, as derrotas, tudo. Absolutamente tudo, um dia, tem um fim.

Não há, até hoje, algo humano que exista além do tempo. Tudo irá se transformar e se moldar ao longo dos anos. Nossas famílias, nossos bairros, nossos costumes. 

Tudo. 

Então, nós temos que sair do piloto automático que está acostumado a passar pela vida como se as coisas fossem durar para sempre.


Elas não vão. E isso é ótimo.

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Podemos aprender novas formas de pensar sobre a morte

O conceito da morte pode se tornar um elemento poderoso para vivermos vidas mais plenas. Quando temos em mente que algo é finito, que não durará para sempre, podemos apreciar com atenção os detalhes e os momentos preciosos dessa finitude.

Tem mais, a morte também nos lembra de que não devemos seguir por caminhos dos quais não concordamos. E que não estamos no mundo para seguir esse, ou aquele preceito, este, ou aquele dogma. 


Estamos aqui para sermos felizes e tornamos outras pessoas felizes. Garantir que todos ao nosso redor possam viver com amor.


Nas palavras de Steve Jobs:

“Lembrar de que em breve estarei morto é a melhor ferramenta que encontrei para me ajudar a fazer as grandes escolhas da vida. Porque quase tudo – expectativas externas, orgulho, medo do fracasso – desaparece diante da morte, que só deixa aquilo que é importante. Lembrar de que você vai morrer é a melhor maneira que conheço de evitar armadilhas de temer por aquilo que temos a perder. Não há motivo para não fazer o que dita o coração.” – Steve Jobs

Exercícios para entender o conceito de finitude

Este não é um artigo que busca tratar de conceitos de crença e/ou religiosos. Apesar de estarmos falando da morte e da finitude (dois temas que trazem cargas religiosas muito fortes), creio que podemos pensar nisso de uma maneira que se encaixe com todos os costumes.


Para começar, o melhor exercício que você pode fazer em busca de um entendimento da finitude é pensar como pensavam os antigos filósofos estóicos.

A filosofia estóica foi a primeira criação humana ocidental a contemplar a questão da finitude e das constantes mudanças. Já no oriente este conceito é tratado pelo Budismo e leva o nome de Impermanência.

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Uma meditação para pensar na finitude

E a frase que rege esse conceito na filosofia estóica é: amor fati. Amar a vida acima de todas as coisas. Não amar uma vida idealizada, uma vida “como eu gostaria que fosse”. Mas uma vida como ela é.

Tem mais, caso algo na vida me cause desconforto, farei tudo o que está ao meu alcance para mudar essa realidade. Sem me entristecer com as coisas que não posso mudar.


Eu não posso mudar a partida de um um ente querido, não posso mudar o resultado de um diagnóstico, mas eu posso mudar a minha reação diante dessas duas coisas. No lugar do desespero, o conforto e o luto. No lugar da angústia, a paz e a paciência.

Pratique essa meditação sempre que possível, respire fundo e se lembre “devo amar a minha vida como ela é e fazer o que estiver ao meu alcance para torná-la melhor, sem brigar com o que eu não sou capaz de mudar”.

Espero que este artigo tenha jogado uma luz sobre este tema tão complexo.

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Agradeço a leitura e até breve!